Conduzir comboios, é um trabalho que exige concentração, dedicação, profissionalismo. Este tenta ser um espaço de prolongamento lúdico das salas de convívio dos maquinistas, com as brincadeiras, as lutas e os problemas dessa classe "elitista", de grevistas (reformados), e que não tem direito a "pontes", nem férias no Verão. Nada do que aqui se passa existe, de facto, embora muitas vezes seja demasiado próximo da realidade.

sexta-feira, julho 21, 2006

Não temos vergonha? (parte II)

In Correio da Manhã suplemento de Domingo 4 de Junho 2006
Rubrica "Nação Valente" - Jornalista Rui Pêgo

"Jack Welch, um gestor universalmente aclamado, veio a Lisboa "impressionar-se" com o facto de nós não sentirmos uma ponta de vergonha pela forma como o mundo nos vê. Na opinião dele, "é humilhante para os portugueses a percepção que o exterior tem de Portugal, que é a de uma contínua degradação e declínio"....
... O facto de a justiça não funcionar não é para nós vergonhoso, é apenas normal. Se a lentidão da dita afugenta os investidoreas estrangeiros, temos pena, mas nem sequer nos embaraça. Não nos sobressalta o facto da Segurança Social estar nas lonas e sem solução à vista...
... Não nos envergonha a saúde, cara e nem por isso eficiente...
...Convivemos alegremente com a intrujice mais rasteira e toleramos, com condescendência os grandes trapaceiros do fisco.
Nada disto nos faz corar de vergonha...
...
...O que o Sr. Welch não sabe é que ruborizamos (de vergonha) com coisas pequenas...
...em boa verdade o que nos envergonha é não ter. Começamos por invejar (nunca no sentido de admirar) quem tem e acabamos envergonhados por não termos....
...temos vergonha uns dos outros. Por isso não podemos ter vergonha colectivamente.
..."

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