Documento de Nuno Gusmão

"Caros colegas

Penso que já é tempo de pararmos com calúnias, com insultos e com falsidades.
Tem sido com alguma tristeza que tenho assistido ao desfilar de todo o tipo de estratégias condicionadoras e de juízos de valor acerca de um colega que muito estimo.
A vergonha que tem sido para nós enquanto Maquinistas, com o constante desafio pelas mais elementares regras da boa educação e com as acusações gravíssimas em relação ao Eduardo Gomes.
Antes de continuar, gostaria de esclarecer que não tenho “procuração” para o defender mas, não consigo encontrar argumentos que expliquem o constante ataque e contra ataque e o constante assalto a questões de ignorância pouco documentadas, que mais não reflectem que um desvirtuar do que existe de mais fundamental.
Não seria melhor discutirmos ideias, falarmos de projectos, propor alterações que nos beneficiem, abordarmos questões como por exemplo a profissão de desgaste rápido ou até mesmo o enquadramento regulamentar da formação do Maquinista, tal como existe em alguns países europeus?
Ou o tipo e o modo estatutário como nós estamos organizados sindicalmente? Não estará completamente desenquadrado das alterações que o caminho-de-ferro sofreu e que irá sofrer nos próximos anos?
Qual é a posição sindical e que resposta poderemos nós dar face á liberalização do serviço de transporte de mercadorias já em 2006? Estamos preparados e sabemos em que contexto irá ficar?
Temos opinião acerca do projecto de alta velocidade e já sabemos como vamos actuar perante está contingência?
Devido ao imperativo comunitário de em 2010 haver lugar a uma liberalização do serviço de passageiros a outros operadores, estamos preparados para tal?
Seria de bom-tom abordarmos a questão da amplitude e do enquadramento de um regime mais alargado de agente único?
Haveria aqui tantos assuntos que poderíamos discutir e debater. Mas com consternação vejo que se prefere debater questões de mera culinária caluniosa, em que se vai escolhendo cirurgicamente os alvos. Primeiro foi o David Almeida depois o Sequeira agora chegou a vez do Eduardo Gomes, Quando é que chega a minha vez?
Aqui estou eu de peito aberto e de caminho completamento limpo sem nada que me possam apontar no meu percurso enquanto sócio do Smaq, mas venham de lá essas calúnias, cá estarei para responder (mas assinem).
Deixemo-nos de telenovelas, de questiúnculas e unidos trabalhe-mos para um futuro melhor.

PORQUE TODOS JUNTOS SOMOS MUITO MAIS FORTES
NUNO GUSMÃO"