Conduzir comboios, é um trabalho que exige concentração, dedicação, profissionalismo. Este tenta ser um espaço de prolongamento lúdico das salas de convívio dos maquinistas, com as brincadeiras, as lutas e os problemas dessa classe "elitista", de grevistas (reformados), e que não tem direito a "pontes", nem férias no Verão. Nada do que aqui se passa existe, de facto, embora muitas vezes seja demasiado próximo da realidade.

terça-feira, março 28, 2006

Jornal Público

"Outra forma de ganhar dinheiro seria na adopção de um agente único
por comboio, o que se traduziria numa poupança de 62,6 milhões de
euros.

Em vez de um maquinista e um revisor em cada composição da Grande Lisboa, os comboios passariam a ter apenas o maquinista, sendo o controlo dos bilhetes feito por brigadas de fiscais. Uma medida que agrada aos revisores, que preferem trabalhar em grupo devido à
sensação de insegurança que tem vindo a aumentar.
Os maquinistas são também “convidados” a financiar a criação de valor na CP-Lisboa. O Plano Líder 2010 fala da necessidade de aproximar o contrato de trabalho
daqueles profissionais da Lei Geral do Trabalho, o que permitiria uma poupança de 44 milhões de euros à empresa. A Secretaria de Estado dos Transportes escusou-se a comentar se aprovava o plano estratégico da CP.

O documento foi feito pela consultora Roland Berger e tem vindo a ser apresentado aos quadros da empresa como um produto final, sem a sua participação."

Jornal "Público"
Obrigado B.D.

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lá vêm os maqiunistas novamente 'à baila' (pela negativa) pela mão dos jornalistas. Será que esses gajos não vêm nada de positivo na nossa função? Temos que ser nós sempre o pai da criança? Perseguição do car..
Gostei da ideia do francês em colocar o CG com agente único..
Quanto não iría poupar assim a empresa??? Sim, mas isso já não interessa ao jornalista... Depois venham cá com reportagens (ex.: PMA) que logo vêm a resposta.

28/3/06 20:18

 
Anonymous Anónimo said...

Já repararam que colocando os cranios que nos dirigem na direcção da CPLisboa em agente unico tinhamos dinheiro se sobra para o defice e para mobilarmos as salas de trabalho que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana, com um minimo de 80 funcionarios por dia a usar esse mobiliario?

Enquanto o não fizermos vamos ter de usar mobiliario que te deixa todo partido devido a não ser plano, porque o iluminado/a que fez o negocio achou por bem ter o direito de te estragar a coluna vertebral e os serviços SHST são paus mandados da "judite"

28/3/06 23:38

 
Anonymous Anónimo said...

Bom, pelo que li, em França, até os TER's (os IC's das Regioes) querem meter em agente único....

29/3/06 00:16

 
Anonymous Anónimo said...

Tenho conhecimento que uns amiguinhos aki da zona de Mira Sintra (1003 PV) já esfregam as mãos com esta ideia do agente único (o mercado dos telemoveis vai aumentar)! Vou colocar também esta novidade no site dos No Name Boys e Juve Leo, para eles virem aos grupos de 150 sem bilhete e depois é só a brigada com 5 ou 6 Revisores os apanharem sem bilhete!
Ui Ui que bom, já vejo o meu subsidio de multas aumentar, os primeiros 30 são meus... É desta que compro o camarote empresa no Alvalade XXI!

Abraço Viril (continua sempre)
Juve Leo desde 1976

29/3/06 22:50

 
Anonymous Anónimo said...

Intervenção da Secretária de Estado dos Transportes na apresentação do Plano Estratégico da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário)

(Só faz fé a versão efectivamente proferida)

Estamos aqui hoje no Entroncamento, coração do sector ferroviário, para testemunhar a apresentação pública do Plano Estratégico da EMEF para os próximos anos.

Ainda há pouco, nesta mesma cidade, anunciámos com um plano bem definido a constituição prática da Fundação do Museu Ferroviário que criará de forma realista um espaço cultural e social que assegurará a permanência na memória colectiva da importância do Caminho de Ferro como instrumento decisivo de desenvolvimento e progresso nos últimos 150 anos.

É pois simbólico para todos nós que o Entroncamento seja o ponto de cruzamento entre o contributo institucional do passado e o desafio irreversível do futuro que se coloca ao Sector Ferroviário Nacional.

Passado e Futuro do Caminho de Ferro confluem no Entroncamento no exacto ano em que comemoramos os 150 anos do Caminho de Ferro em Portugal.

O passado deverá constituir um marco e uma âncora para a determinação com que encaramos a ferrovia como motor do desenvolvimento sustentável do nosso País.

Ao longo de 150 anos assistimos, ao nível do transporte terrestre, à passagem de um modelo de consolidação do território assente numa estrutura ferroviária, para um crescimento baseado na infra estruturação rodoviária do País.

Existem agora três fortes razões para ponderar esta visão da rede de infra-estruturas de sustentação das necessidades de mobilidade de pessoas e bens, com vista ao desenvolvimento social e económico do País:

1. Em primeiro lugar, Portugal atingiu, e em certos aspectos ultrapassou, os rácios europeus de infra-estruturas viárias;

2. Em segundo lugar, estamos longe de atingir as metas definidas no Protocolo de Quioto, sendo o transporte rodoviário um dos principais responsáveis pelo incumprimento, destacando-se fortemente o transporte individual;

3. Em terceiro lugar, razões de eficiência social e económica obrigam a que os investimentos públicos, na área do transporte terrestre, sejam essencialmente dirigidos a infra-estruturas de uso colectivo, em detrimento de utilizações individuais.

Está, pois, na hora de uma nova mudança de paradigma!

Chegou, novamente, a era do caminho-de-ferro!

O XVII Governo Constitucional tem vindo de forma clara a definir um conjunto de planos que apontam metas, definem prioridades e afectam recursos públicos para a modernização do sector e a sua adaptação ao futuro.

É exemplo disso a definição do Modelo para a Alta Velocidade assente no realismo das metas e calendários já definidos.

É exemplo disso a definição das soluções para o Metro do Mondego assente em consensos alargados, que entendemos claros e exequíveis.

É, também, exemplo disso as novas ligações ferroviárias aos portos, já anunciadas.

Será brevemente o caso da rede de Plataformas logísticas integradas e estratégicas garantindo a intermodalidade.

Cabe naturalmente ao Governo definir o rumo. Tornar tão previsível quanto possível o futuro, garantir as condições integradas para o sucesso dos projectos.

Mas cabe a todos e a cada um aproveitar as oportunidades, definir os meios e atingir os fins.

Este desafio coloca-se a todas as empresas quer do sector empresarial do Estado, quer do sector privado. A Propriedade das acções não deve diferenciar o profissionalismo de gestão, nem a ambição das empresas.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

Faz hoje pouco mais de um ano que assumi as funções de Secretária de Estado dos Transportes, tendo de imediato sido confrontada com uma manifestação da Comissão de Trabalhadores da Bombardier da Amadora, à porta do ministério.

Em 23 de Março de 2005, determinei ao Conselho de Gerência da CP que apresentasse um plano de reestruturação dos serviços de manutenção de material circulante ferroviário, no universo CP, norteado pelos seguintes objectivos:

- Manter em Portugal capacidade de montagem e construção de material circulante ferroviário;

- Potenciar a paz social;

- Aumentar a eficiência do sector empresarial do Estado;

- Cumprir, escrupulosamente, o enquadramento legal, comunitário e nacional, no que respeita, nomeadamente, às regras de concorrência e transparência.

Como orientação global, determinei que fossem apresentadas duas alternativas para o referido plano de reestruturação:

- Uma solução baseada em instalações à data já pertencentes ao estabelecimento ou ao património CP;

- E uma outra solução que contemplasse igualmente as instalações da Bombardier na Amadora.

Transmiti, igualmente, que esta última hipótese apenas deveria ser presente no caso de a CP a considerar viável e atractiva do ponto vista da respectiva viabilidade económica e social, o que veio a verificar-se.

Esta não é a ocasião para ressuscitar o passado, no entanto, importa ter presente, que foi este Governo, no reconhecimento do interesse público daquelas instalações, que determinou à CP a condução de um processo negocial tendente a adquirir as instalações na Amadora.

Não foi um processo fácil, tendo inclusive o Governo dado o seu consentimento à CP no sentido desta empresa diligenciar a promoção de um processo expropriativo da parcela necessária e adequada daquelas instalações.

A conclusão das negociações com evidentes ganhos para o sector público, representa mais do que um sucesso deste Governo, representa o empenho e determinação de todos na prossecução, com rigor, de um rumo e de uma estratégia para o sector ferroviário.

Naturalmente que a EMEF, enquadrando-se no Grupo CP, faz parte desta estratégia. Os seus quadros, os seus trabalhadores, o seu know-how e a sua história, tornam a EMEF, uma componente incontornável do futuro do caminho-de-ferro em Portugal.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

O sector ferroviário tem uma grande história mas tem um desafio ainda maior.

A introdução de uma nova rede de Alta Velocidade operando segundo elevados padrões tecnológicos, a constante evolução das necessidades de procura exigindo moldes de oferta diferentes e mais flexíveis e as exigências de equilíbrio entre os benefícios sociais e económicos e os custos suportados são um enorme desafio para todo o sector ferroviário.

Já não basta construir linhas, operar comboios e garantir a sua manutenção.

É necessário satisfazer clientes, garantir qualidade e segurança, tudo isto com níveis elevados de eficiência e eficácia.

A CP como operador nacional tem dois enormes desafios pela frente: o desafio da qualidade e da sustentabilidade a prazo.

Nesse sentido tem um plano estratégico, naturalmente ambicioso, com metas que se propôs atingir com prioridades que já definiu, que deve seguir de forma profissional e rigorosa.

Sendo uma empresa, tem como objectivo criar valor, como empresa pública, deve-o fazer assegurando a satisfação de interesses de carácter geral devidamente identificados e contratualizados.

Operando num mercado onde a concorrência já existe e tende a reforçar-se no quadro das liberalizações de acesso ao mercado, de acordo com a legislação nacional e comunitária, pode e deve caminhar para níveis de eficiência óptimos valorizando o seu principal activo que são os clientes.

Neste quadro a EMEF, sua participada a 100%, é uma peça fundamental.

É fundamental porque, na sua função de manutenção, ela representa a garantia de disponibilidade do material circulante, optimizando a sua utilização, evitando investimentos desnecessários e optimizando os recursos existentes e os investimentos já realizados, garantindo o seu equilíbrio operacional.

Com a experiência acumulada na manutenção deve e pode potenciar novos negócios face ao desenvolvimento de novas soluções de transporte. É o feliz exemplo em Guifões da manutenção do Metro do Porto. E pode potenciar novas capacidades industriais através da necessária transferência de Know-how tecnológico e sua incorporação em actividades de reabilitação ou de produção de componentes. São múltiplos os exemplos conhecidos, muitos deles realizados aqui no Entroncamento.

E pode e deve finalmente potenciar as suas capacidades não só no mercado nacional mas aproveitando oportunidades de exportação como é exemplo o recente acordo assinado na Argentina há apenas dois dias na minha presença.

Mas estes três objectivos funcionais: eficiência da manutenção, novos negócios e novos mercados, não podem ser realizados sob princípios estáticos tradicionais, terão que evoluir de forma constante e dinâmica.

A manutenção de 1993, quando a EMEF foi criada, é diferente das exigências de hoje onde disponibilidade e redução de imobilização são exigências dos operadores. A lógica cliente fornecedor terá que dar lugar à lógica de parceria. Serão necessárias adaptações como por exemplo a concentração na Amadora da manutenção da Unidade de Lisboa, com a libertação de Campolide, espaço claramente desadequado a essa função.

A actividade industrial terá que ser desenvolvida no quadro das novas exigências de mercado focado na inovação tecnológica e nas componentes com especificidade própria onde a EMEF e a CP poderão apresentar vantagens qualitativas. É pois nesse sentido que os Grupos Oficinais serão transformados em Centros de Inovação Ferroviária que concentrarão as suas funcionalidades específicas valorizando aspectos de escala e de valor acrescentado. Será o caso das soluções de bogies e rodados no Entroncamento, da electrónica na Amadora, de montagem de Tram-Trains em Guifões e do desenvolvimento de competências ligadas à alta velocidade no conjunto Barreiro/Poceirão, ponto crucial de ligação entre a actual e a futura rede ferroviária.

Finalmente, é importante que os ganhos obtidos neste plano permitam o desenvolvimento de novas e velhas competências específicas, por exemplo aproveitando a crescente importância do interiorismo ou beneficiando da experiência de know-how na mecânica diesel, sempre que possibilitem criar valor interno ou exportável.

Minhas Senhoras e meus Senhores,

O Entroncamento tem sido visto como um ponto de chegada e confluência de várias linhas.

Queremos, no futuro, que seja visto como ponto de confluência e partida de novas estratégias.

Estratégias de valorização de capacidade tecnológica nacional para acrescentar valor transferível para os clientes.

Estratégia de adaptação aos novos desafios que a Alta Velocidade e os sistemas ferroviários ligeiros inevitavelmente colocam à EMEF.

Estratégia de parcerias de entidades públicas e privadas para conseguir criar valor para as empresas situadas em Portugal.

Estratégia de consolidação e criação de competência técnicas Nacionais valorizando os recursos humanos, conjugando experiência e inovação.

O Governo está fortemente determinado em assegurar a capacidade produtiva e tecnológica de qualidade ao nível da manutenção e montagem de material circulante, no quadro de um sector empresarial do Estado eficiente.

O Plano Estratégico, hoje apresentado, responde aos desafios de modernidade que o Governo colocou à CP e à EMEF. O Governo determinou à EMEF a apresentação de um plano que melhorasse o seu presente e a preparasse para o futuro.

Ao longo destes meses trabalhamos em conjunto, a tutela e as empresas, com o objectivo de criar condições para que a EMEF seja hoje e no futuro uma empresa de referência incontornável no sector, a empresa que a ferrovia nacional e o País necessitam.

O Plano Estratégico define um rumo. Cabe à EMEF, no quadro do Grupo CP, garantir a sua implementação.

lm

30/3/06 08:57

 
Anonymous Anónimo said...

ò anónino, seria bom que fizessem algo positivo, não é? Vamos esperar cá estar para ver o que é que vai acontecer. E de preferência deitados!!!

30/3/06 16:00

 
Anonymous Anónimo said...

Deitados?
Ó Sousa deitados não pode ser porque assim dávamos cabo das costas devido á "excelente" manutenção que a EMEF realiza no material motor.
Só quem nunca sentou a peida durante horas seguidas no material é que pode elogiar a EMEF como o fez a Secretária de Estado dos Transportes.
Aliás devido ao "excelente" serviço que a EMEF presta é que ela é conhecida por Empresa de Muitos Embrólios Ferroviários.
Até á proxima, Companheiros

30/3/06 20:18

 
Blogger virilão said...

agradecia que não usassem nomes de empresas nisto (como é o caso da "Empresa de Muitos Embrólios Ferroviários").
obrigado
p'A gerência(era o meu sonho chegar a gerente - esta parte é puro gozo, espero que não seja aproveitada para nenhuma carta)

E já agora, que não misturassem o profissionalismo dos operários, com os interesses económicos dos patrões dos mesmos operários.

30/3/06 23:18

 
Anonymous Anónimo said...

"Serão necessárias adaptações como por exemplo a concentração na Amadora da manutenção da Unidade de Lisboa, com a libertação de Campolide, espaço claramente desadequado a essa função",

"Já não basta construir linhas, operar comboios e garantir a sua manutenção".

"Será o caso das soluções de bogies e rodados no Entroncamento, da electrónica na Amadora, de montagem de Tram-Trains em Guifões e do desenvolvimento de competências ligadas à alta velocidade no conjunto Barreiro/Poceirão, ponto crucial de ligação entre a actual e a futura rede ferroviária".


Estive para aqui a traduzir esta parte do texto atribuida à Srª Secretária de Estado dos Transportes na apresentação do Plano Estratégico da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário) e conclui que mais um iluminado quer meter o Rossio na Rua da Betesga.

A MENOS QUE
"da electrónica na Amadora",
seja a frase correcta.

Vamos deixa-los poisar para sabermos o que vai naquelas cabecinhas pensante.

31/3/06 00:02

 

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