2- Era uma vez uma tribo…
Com o 25 Abril de 1974, os trabalhadores portugueses conseguiram o direito á contratação colectiva. Os então 27 mil ferroviários obtiveram no seu primeiro Acordo de Empresa (AE) negociado livremente, os direitos que á muito ansiavam e lutaram durante o período do fascismo.
Posteriormente e durante bastantes anos, a conduta dos ferroviários e das suas estruturas sindicais representativas, norteou-se por firmes princípios de ética sindical, na defesa dos direitos dos trabalhadores e do caminho-de-ferro, apesar das posteriores realidades políticas e sociais forjadas e implementadas pelas forças que nunca se conformaram com o domínio momentaneamente perdido, retomando a ofensiva contra os direitos e interesses individuais e colectivos dos trabalhadores, com o objectivo de os colocar nas condições de exploração anteriores a 1974. Contando com a proliferação e ajuda de um “novo sindicalismo”, consubstanciado na divisão sindical, foram obtendo em seu proveito a renúncia de direitos em fases determinantes, como sejam entre outras, no ASMCP, no AE da EMEF, nos AE’s Gerais da REFER e da CP em 1999 e mais recentemente no AE/SMAQ em 2003. Pelo meio, ficou também a consciente colaboração anuais na política de imposição de baixos salários, a flexibilização dos horários de trabalho, a renúncia a que o regulamento de carreiras deixe de ser um instrumento político de divisão de trabalhadores, para ser um instrumento de dignificação das categorias e carreiras profissionais dos ferroviários. Esta política dita sindical, sabe no entanto que papel histórico poderá estar a terminar. Depende da atitude da “Tribo”. Ou melhor, das “Tribos”…
1 Comments:
depois dos bigodes á PREC,chegou a hora do "PATILHÃO À HOMEM"!
4/3/06 23:04
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