(paparazzi)
posted by virilão at 10:43 da manhã
segunda-feira, abril 03, 2006
Falemos sinceramente,
Como p'ra nós mesmos, a sós;
lá¡ longe de toda a gente,
do mundo, e até de nós.
Antonio Aleixo
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15 Comments:
Existem 100 mil portugueses "fundamentais", um por cento da população, o resto são figurantes.
O anúncio foi feito pela sub-directora-geral da Saúde, ao revelar que serão esses portugueses "fundamentais para o País" que vão receber anti-virais em caso de pandemia provocada pelo vírus da gripe das aves. Não se sabe que rótulo merecem os outros 99 por cento da população, mas possivelmente serão portugueses desnecessários, descartáveis. E embora a autora da expressão tenha explicado que "indispensáveis" são os "portugueses necessários" para "manter o País a funcionar", é bem natural que pairem à volta do critério muitas suspeitas, pela experiência de que portugueses de primeira e os outros se distinguem por critérios de privilégio, favor e clientelismo. Por exemplo, indispensável poderá ser a "boysada" que gere o aparelho do Estado.
A expressão da funcionária - certamente uma portuguesa "indispensável" - levanta outras questões. A primeira é a dúvida sobre a constitucionalidade da rotulagem. A segunda é que, apesar de todas as cautelas anti-alarmistas, existe de facto uma ameaça sobre a qual os portugueses descartáveis não estão a ser informados. Pelo contrário.
Tudo isto é revelador da desumanidade que caracteriza hoje o exercício do poder. Já houve tempos em que, em situação de perigo, se salvavam prioritariamente as crianças, as mulheres e os velhos e o capitão era o último a abandonar o navio. Agora salva-se quem puder, isto é, os que têm o poder de arranjarem, para si próprios e para outros "fundamentais", lugares no salva-vidas.
À luz desta filosofia, uma pandemia até pode ser bastante positiva para a sustentabilidade das finanças públicas: livra o País de uns milhares de portugueses não fundamentais, velhos que nunca mais morrem ou crianças que ainda não contribuem. Sempre é mais democrático que mandá-los para câmaras de gás.
Pior que isto só o Adolfo!
lm
3/4/06 14:29
Quero agradecer publicamente esta visita de cortesia do Virilão.Foi uma reunião informal,na qual foram debatidos alguns dos problemas que afectam a"Tribo".No final foram entregues lembranças.O Virilão entregou um espectacular exemplar encadernado desse documento fundamental para o desenvolvimento do "Cavalo de Ferro",INQUÉRITO 2006 "estudo de motivação,satisfação e espectativas dos trabalhadores",com perguntas dificílimas de responder,como sejam entre outras:
-"esta empresa preocupa-se c/o seu bem estar?"
-"o meu salário está adequado ao meu desempenho real?"
-"dará gargalhadas de satisfação c/o aumento de 1,5%?"
-"trocará a clásula trimestral por dias de trabalho voluntário s/renumeração,em nome do processo de mudança?"
etc.
Ao Virilão foi oferecido um frasquinho de "Elixir Milagroso".
No final foi fumado uma "ganza" no cachimbo da paz e o "protocolo",ao contrário do habitual,não comtemplou o famoso "table dance".
4/4/06 12:42
Não posso deixar de dar conhecimento de uma carta cheia de amor e ternura que me foi endereçada por uma seguidora atenta a este espaço.
Querido Pena Escarlate
Eu não posso ler o que escreves.A minha adorada avózinha lê para mim.Não pensem que sou analfabeta.Eu sou é ceguinha.A minha querida avózinha está escrevendo por mim,mas as palavras são minhas.
Quero enviar uma palavra de conforto para todos vós maquinistas que sofrem com todas essas desgraças.Tenho pena de não poder ver as tuas estórias aos quadradinhos que envias-te ao Virilão.Sim,eu sei que fizeste os desenhos para todos perceberem o que querias dizer com as lanças e as setas.Se porventura alguém não percebeu,não te apoquentes.
Olha,eu sou cega mas sou feliz.Estou em paz comigo e com os meus semelhantes.Também desejo paz e concórdia para todos vós.Dêm as mãos.Eu também sou uma lutadora.
Felicidades para todos
Florbela
PS. esqueci-me de dizer antes que também sou paralítica.
4/4/06 13:56
Foste a Monsanto.
E não convidaste a tribo para um piquenique?
4/4/06 20:17
Amigo Pena
Gostei do convívio, mas francamente falares da ganza era escusado. Deves achar que já estou pouco queimado aqui no “bairro”.
Primeiro porque além de organizador de festas e orgias, vou passar a ser conotado com produtos ilegais (espera só até leres a próxima carta do vice) e depois porque já fui convocado para 3 despistes de opiáceos desde que publicaste o teu comentário (todos deram negativo).
Faz lembrar a situação do responsável da condução de uma viatura de transporte urbano de massas que após vir de duplo amarelo apanhou o sinal seguinte fechado, não tendo como é óbvio, conseguido imobilizar a viatura a tempo e depois teve que ir ao teste de alcoolémia (também negativo), sendo que o responsável pelo fecho do sinal, além de não ter que realizar o mesmo teste de despiste, ainda teve autorização para ir levar documentos importantes a parte incerta de forma rápida e discreta.
Ou seja, uns fazem a merda, os outros sopram no balão…
Se calhar era um dos tais ”fundamentais” de que fala o “lm” no primeiro comentário.
Já agora, devias trazer um pouco daquele wiskey do Tenesse que me ofereceste, para repartir com os outros indios...e até quem sabe com alguns cowboys
abraço ou como tu dizes - hug
4/4/06 20:28
CP reduz prejuízos a 197 milhões
A CP-Comboios de Portugal encerrou 2005 com um prejuízo de 197 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 69 milhões face ao ano anterior. As contas revelam que o resultado líquido ficou abaixo da barreira dos 200 milhões de euros negativos, o que acontece pela primeira vez desde 1999, quando a ferroviária atingiu 260 milhões negativos. António Ramalho, presidente da empresa, realçou ontem o facto de a Unidade de Negócios de Longo Curso (que opera os Alfa Pendular) "se ter tornado a primeira unidade de negócios da CP a atingir o break-even operacional". A taxa de cobertura dos custos operacionais saldou-se em 102%, tendo o resultado operacional atingido 1,1 milhões de euros.
Para 2006, e seguindo as metas traçadas no Programa Líder 2010, a CP pretende continuar a reduzir os prejuízos e baixar a dois dígitos os valores. Os bons resultados apurados em 2005 ficaram a dever-se sobretudo à forte contenção de custos (menos 1%), apesar de a factura energética ter crescido 22%. Os resultados foram ainda influenciados pelas iniciativas de strategic sourcing, que permitiram ganhos na ordem dos 35% em determinadas rubricas. Os custos com pessoal também contribuíram para o bom desempenho nos custos operacionais. A redução saldou-se em 12,1 milhões de euros (de 161,8 para 149,7 milhões ), essencialmente determinada pela redução de 297 colaboradores. Actualmente a CP emprega 4409 pessoas.
O presidente da CP traçou como objectivo que as unidades de negócio CP Carga e CP Lisboa sejam as próximas a alcançar resultados positivos. Na área da carga o desafio é maior, face ao facto de, a partir do dia 1 de Janeiro de 2007, a unidade passar a operar num mercado liberalizado, não podendo ser subsidiada. No caso da CP Lisboa, o encerramento do túnel do Rossio provocou uma quebra de passageiros da ordem de 3,2 milhões, que não será recuperada proximamente, face aos atrasos na conclusão das obras. Estas três unidades - Longo Curso, Carga e Lisboa são as "unidades com crescimento estabilizados ", considera António Ramalho.
As contas da CP ficam manchadas pelo endividamento. A dívida acumulada é de momento superior a 2,4 mil milhões de euros. Questionado pelo DN sobre a necessidade de se proceder ao saneamento financeiro da empresa, António Ramalho adiantou que "tem conversado com a tutela sobre o assunto". O ano passado, o passivo financeiro da CP registou um agravamento de 140 milhões de euros.
António Ramalho lançou como repto aos trabalhadores da CP impor "a tolerância zero à ineficiência". Neste objectivo insere-se um estudo sobre a performance dos serviços da CP, que deverá ficar concluído até final de Junho, e será com base nesse trabalho que a empresa vai decidir a supressão ou o reforço de serviços em algumas linhas. António Ramalho, que se recusa a falar em encerramento de linhas, adianta que o estudo vai "trazer algumas surpresas". O ano passado, a empresa contou com receitas que contribuíram para o decréscimo dos prejuízos, entre os quais quatro milhões resultantes da primeira venda de material circulante à Argentina. C
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lm
5/4/06 09:26
ó virilão,quando estiveres com o PENA ESCARLATE,diz-lhe da minha parte,que eu (LAGARTÃO),desde que estou na CP,nunca fugi á luta,ao sarrabulho,ás minhas responsabilidades profissionais e pessoais,sempre solidário com os colegas,nas LUTAS,nas GREVES,nunca meti BAIXA nas greves,nem dias ao abrigo dos sindicatos nos dias de jarda,nunca me escondi através de meios mais ou menos legais,para fugir aos dias de luta,ao contrário de muitos GUERREIROS que por aí andam a clamar por lutas,guerras,flechadas e tiros...por enquanto ainda sei ler,não sou ceguinho,nem paralitico,e mais importante, não sou domesticável,nem me deixo guiar por GUERREIROS, armados em pais da revolução proletária,tipo vanguarda revolucionária albanesa dos anos sessenta/setenta...esquerdismo inócuo e do reviralho...NUNCA...
5/4/06 22:21
é verdade ó virilão...ainda agora estamos em abril e este blog já está cheio de incendiários...(afinal a tão malvada direcção do smaq,ainda não vendeu o kit das clausulas,quando os sindicatos da ugt já o fizeram)...
5/4/06 22:25
mas é mesmo por isso que temos uma direcção independente, para não nos venderem ao desbarato ou , até mesmo para não nos venderem de todo (estão no bom caminho, continuem assim e votarei neles)
6/4/06 06:34
Estimado colega Largatão
Face ás afirmações aqui transcritas em relação á minha pessoa,não posso deixar de esclarecer, sem "ralhar", o seguinte:
1-Nunca houve da minha parte intenção c/a carta da "Ceguinha feliz" ofender quem quer que seja e muito menos a tua pessoa.Jamais chamaria a qualquer colega,até pelo respeito que todos me merecem,"ceguinho,paralítico ou analfabeto",até porque sei que não padeces felizmente destas enfermidades.Antes pelo contrário.Além de seres um homem aparentemente saudável,reconheço-te grandes capacidades.
2-Aquilo que quis transmitir,se calhar de uma forma errada,c/a figura da "Ceguinha feliz",foi a de uma pessoa que apesar da adversidade da vida ao retirar-lhe faculdades fisicas,passa no entanto uma mensagem de confiança no futuro,que quis transportar para nós próprios.Ao contrário da tua interpretação,POR NÃO SERMOS "ceguinhos e paraliticos",mais razões temos de sair do nosso "imobilismo colectivo" e nos "mexermos" na defesa dos nossos direitos e do nosso futuro.Reconheço no entanto que da forma que a carta está redigida,poderá levar a outras interpretações ,principalmente por quem mostra constantemente desconfiança por aquilo que aqui se escreve ou comenta.
Depois de se ler alguns comentários neste blog,não deixa de ser espantoso que eu agora seja considerado ofensivo,quando até tenho por princípio não comentar outras opiniões,como pode ser verificado no blog,não porque seja maquinista "doutor",intelectual ou poeta como apelidas alguns colegas,ou ainda porque substime a opinião de terceiros,mas porque sempre evitei este tipo de polémica em que és especialista.Agora calhou a vez de malhar no "Indio".Quero no entanto repetir que possivelmente errei na forma como foi escrita a carta e disso me penetencio e peço desculpa a quem se sentir ofendido.
3-Relativamente ás insinuações relativas ao comportamento de certos "guerreiros" que utilizaram outras "armas" em lutas anteriores,o carapuço não me serve e só lamento que este este tipo afirmações,apareça num blog que é lido por outras pessoas,para além de maquinistas.Relativamente ao esquerdísmo e á Albania na parte que me toca,não andei em manifestaçoes c/o "camarada" Durão nem nunca andei com As Citações de MAO TSE TUNG debaixo do braço.E por favor não mistures os Indios com os Cowboys.É que passados estes anos todos,ainda não se gramam!
Também não te procupes com as lanças e flechas.Agora as n/armas são outras.Sem guerras,sem destruições,sem tiros,sem cataclismos...Só não entende quem não quer...
Por mim este assunto está encerrado e só espero,se de facto se te ofendi,aceites as minhas sinceras e humildes desculpas.
um abraço
Pena Escarlate
6/4/06 12:56
Pois é, levam 1,5% e ficam quietinhos que nem ratos. Quem leu o caderno reivindicativo do smaq tem vontade de rir. Só tretas para enganar associado.
Onde está o vosso musculo de outrora. Agora estão como os outros sindicatos, levam e calam. Não assinam mas não tugem nem mugem. Coitados.
6/4/06 16:31
mea culpa,mea culpa,mea máxima culpa...se interpetei mal algum texto neste espaço redigido...de qualquer maneira não nego que gosto de uma boa discussão/polémica,desde que os limites não sejam ultrapassados(poe exemplo:se me chamarem lampião,estão a ultrapassar os limites)...enfim ,o visconde do seixal,"especialista em polémicas",retira-se humildemente,deste evangélico/cristão espaço,sem azedumes nem constragimentos contra ninguém,e só virá novamente á liça se puserem de qualquer forma a minha honra pessoal em questão,sejam eles indios ou cóbois, ou se o amigo virilão insistir muito(prá ai 1 ou 2 vezes) para eu voltar...abraço a todos os intervenientes deste espaço...
PS.-ó "o atento",o que é que te dói??só sabes essa??não te ocorre mais nada para destilares fel pelos maquinistas??toma ENO prá azia,ou chá de camomila para te acalmares...
6/4/06 21:22
ó ATENTO...
HUHUHUHUUUUU....
Quando saires de casa, não te esqueças de fechar a porta á chave.
È que pela janela eles também entram...
...os fins, sempre justificaram os meios...
MAQUIAVEL
6/4/06 23:48
Será que " o atento " é um daqueles cowboys de BROKEBACK MOUNTAIN ??
7/4/06 00:57
atão a CP-Comboios de Portugal "alcunha" tem 4016 trabalhadores e 26 sindicatos. uns com mais outros menos e alguns sem sócios. devia a discussão passar para a utilidade
vamos falar de um só sindicato para 4016. isto é que é lutar por interesses dos trabalhadores
continuar assim alguns sindicatos assinam acordos so para manter o lugar que já não té de sol, é de sombra perigosa.
lm
9/4/06 19:09
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